É recorrente

Me fogem as palavras pra descrever o que eu sinto ao ver um filme.

E cada frase que eu escrevo me incomoda.

Livrando a cara

Eu culpo o tempo. Da onde eu estou vendo a vida passar, ela me parece exiguo demais para que eu consiga me dedicar a esse blog. A vida universitária e, principalmente, o meu trânsito entre duas cidades suga um tanto de mim.

Mas isso não é uma nota de despedida, um bilhete de suicidio. Não, é uma nota covarde que não admite a própria incompetência e acusa a tal da quarta dimensão. E junto dela eu tento dizer que lá (no futuro próximo) teremos mais textos por aqui. Provavelmente fugindo um pouco daquela minha temática pobre e resistrita que começa a me irritar.

De qualquer maneira, é tão legal ver pessoas reclamando da sua falta de produção bloguística!

Nerd Mode ON

De volta ao normal. Tenho internet em casa novamente, não vou mais gastar uma fortuna em lan houses e estou feliz. Aulas programadas pra começar em quatro dias, mas parece que essas longas férias se estenderão pela eternidade. Oh! Tédio cruel!

Vou tentar colocar as coisas em dia nesse blog, alguns textos pendentes aqui.

Aventuras na Ilha

Tô aqui em Florianópolis a uns dias já, arrumando o apartamento, conseguindo telefone e internet (a ultima ta difícil conseguir). Nada que fosse digno de postar aqui. Até hoje.

Estava eu em uma lan house dos arredores, quando o rapaz disse que eu precisava sair. O estabelecimento estava fechando, às oito da noite. Tudo bem, fui pagar o tempo que eu tinha ficado, quando abro a minha carteira e dezenas de moedas voam em todas as direções. Tudo bem, um pouco de vergonha pra passar nunca e demais. Mas a minha ma sorte não terminou ai.

Então me dirijo a outra lan house, em busca de mais da minha dose diária de internet, atravessando o campus da universidade, pra cortar caminho. Tudo muito obscuro, meio deserto, mas não me deixo abalar. De repente, um garoto muito mais alto e forte do que eu resolve atravessar a rua na minha direcção. "To morto", penso eu, "serei roubado, espancado, violado e humilhado aqui". Mas o individuo apenas me pergunta se eu tenho bala pra vender. "Tudo bem, menos mal, o cara só ta procurando drogas pra comprar". Digo que não e começo a minha explicação de sempre, meio constrangido, dizendo que sou novo aqui e não faço idéia. Mas ele me interrompe, explica que não é esse tipo de bala nao, "Tipo Halls mesmo. Sabe o que é, eu vou encontrar a minha namorada pela primeira vez aqui (!) fui em tudo que e lanchonete por perto, mas tá tudo fechado (!!)". Coitado. Ou era cego ou não procurou direito. Mas lamento por ele e sigo em frente.

Quase saindo dos limites da universidade, ouço cães latindo. Me viro para admirar os famosos e simpáticos cães da UFSC brincando, mas o que eu vejo não e nada simpático. Uma matilha de cães vem a toda velocidade na minha direção, babando e latindo em plenos pulmões. Paralisado (de surpresa, mais que medo, sempre me dou bem com cães), tento pensar que não é comigo e espero eles passarem reto e me deixarem em paz. Mas eles querem a mim, meu sangue, minha carne, minhas pernas expostas pela minha bermuda. Vejo um Chevette passando e decido atravessar a rua na frente dele, para espantar os cães. Grito para os cães e saio correndo. Olho para trás e um par deles ainda me segue. Corro até um ponto de ônibus, pratico algumas manobras dignas de “Le Parkour” e eles perdem o interesse em mim. Paro, olho ao redor para verificar se ninguém presenciou esse acontecimento vergonhoso e não vejo ninguém. Continuo andando, portanto, e após dois pares de passos, um Chevette, lotado, passa do meu lado businando. Uma garota, muito espirituosa por sinal, coloca a cara pra fora da janela e late. Que amigável!

Finalmente consegui chegar a tal lan house e aqui estou, digitando isso num teclado mal configurado, então me perdoem por qualquer falta de assentos e demás erros naum intenssionais.

Ocupado

Fiquem calmos, estou vivo(quem se importa?)! Clima de mudança e reformas nos meus computadores. Sem tempo pro blog, mas muitos textos na gaveta.

Incredible Machines

Videos de japoneses e suas máquinas de Rube Golberg.

Pra quem não sabe, máquinas de Rube Goldberg são aparatos que executam uma tarefa muito simples de forma indireta e muito , normalmente utilizando objetos do dia-a-dia. Inclusive, existe um jogo de computador chamado "The Incredible Machine" em que você é um garoto que precisa fazer várias dessas máquinas por um motivo qualquer. Viciante e um dos meus jogos favoritos quando eu era mais jovem.

Já que estamos no assunto, não posso deixar de linkar essa máquina de café da manhã pouco ortodoxa que aparece em um episódio de Family Guy.

via Make: Blog

Corrente Pra Frente

Eu adoro a copa! Viva!

via Liberal Libertário Libertino

Match Point (Ponto Final - Match Point)

Não era esse filme que eu pretendia assistir quando eu saí de casa naquele dia fatídico. Mas por ser domingo de estreia do novo filme de animação da Fox, o cinema bom da cidade estava com filas gigantescas. Poderia ter ficado na fila e esperado pra ver algum dos outros dois filmes em cartaz, mas preferi ir no shopping alternativo, com um cinema ruim. Surpreendi-me ao ver Match Point em cartaz e não pude resistir. Comprei o ingresso e fui consumir tempo até o filme começar.

Eu gosto de Woody Allen. Ou seja, eu sou mais europeu do que você possa imaginar. Mesmo os filmes ruins e bobos dele, como "The Curse of the Jade Scorpion", são divertidos. E mesmo que se eu detestasse qualquer coisa que venha de Allen, é preciso admirar alguém que lança um filme novo a cada 6 meses.

Segundo o próprio Allen, Match Point é o seu melhor filme. A não ser que tenha esclerosado, ele conhece a sua própria carreira melhor do que eu, então não vou discutir isso. O filme é definitivamente incomum no que o diretor costuma produzir. Está longe de ser uma comédia, é um drama, sério e obscuro.* Uma história inteligente e humana, um ode à boa e má sorte. Possui algumas referências a Dostoiévski e sua obra "Crime e Castigo" (que prometo um dia terminar de ler), resgatadas no terceiro ato do filme para o deleite de quem percebeu. Ouso ainda especular que Woody Allen desenvolveu o roteiro a partir desse terceiro ato, inspirado no autor russo e construiu um backgroud a partir daí. Pelo menos é algo que eu teria feito, em minha mediocridade.

Além disso, o filme é belo. Filmado em Londres, possui muitas cenas em belas paisagens de campo e a beira do Tâmisa, cafés e vários pontos túristicos, como a Royal Opera House e o Palácio de Westminster. Allen gostou tanto de filmar em Londres, que seu dois próximos filmes também se passarão lá. Muitas obras de arte são vistas em cena, tanto em galerias de arte como em cenários. A trilha sonora, recheada de operas, dá um tom especial ao filme, pontuando os momentos dramáticos. Pois então, deixei a parte mais linda para o final: Scarlett Johansson, aquele anjo lá em cima. Já disse aqui e digo de novo, essa mulher é maravilhosa. Quero uma dessas aqui em casa, já! Não bastasse ser um delírio para os olhos, ainda é uma atriz muito competente.

Não quero abordar a história especificamente, a premissa é um simples triangulo amoroso, mas é muito mais que isso. Um show de personagens complexos e multi-dimensionais. Como diria um daquelas citações de cartazes hollywoodianos: "Imperdível! Assista."


*Note que o imdb classifica o filme como "Genre: Drama / Romance / Thriller". Concordo. O filme começa com um romance que sabe onde vai dar. Acaba dando em um drama, fechando-se com uma dose de suspense, com direito a uma dupla de policiais.

Bonecas e Circuncisão

"The Tribe" é um documentário de 15 minutos sobre história da boneca Barbie e do povo judeu. O que esperar disso? É o que eu estou tentando descobrir. Ansioso pra ver isso.

Trailer aqui.
Prévia do Sundance Festival aqui.

via Boing Boing.

The Crying Game (Traidos pelo desejo)

Me disseram ser um filme intrigante, cheio de reviravoltas (na verdade só possui uma). Não quiseram me dar mais detalhes para não estragar a surpresa. Fui surpreendido sim, mas esperava algo mais mais inusitado. Não passa de um romance barato que se usa da tal surpresa e de um pouco de terrorismo/espionagem pra tentar se tornar interessante. O final é decepcionante.

The Birds (Os Pássaros)

Hitchcock não criou apenas uma obra de arte, também previu o futuro. Corvos estão atacando pessoas na Inglaterra! Salve-se enquanto pode!


Agora vamos ao filme. O clássico de 1963 é excelente em vários niveis. Inicia com uma narrativa contagiante, lembrando uma comédia romântica, Logo somos introduzidos a Annie Hayworth, que viaja até a pequena cidade costeira de Bodega Bay, em busca do galante Mitch Breener. Esse prelúdio é recheado de diálogos interessantes e personagens intrigantes, até o momento que os pássaros começam a atacar.

O clima que Hitchcock cria é fenomenal, pontuando os ataques dos pássaros, que vão se tornando cada vez mais violentos. É incrivel o que foi feito utilizando apenas croma key. Claro que algumas cenas não são tão verossímeis, mas alguns ataques são muito realistas e assustadores. A razão das repentina violência entre os pássaros nunca é revelada, abrindo espaço a todo tipo de especulação e mantendo a atenção no que realmente importa: o suspense.

O filme possui cenas clássicas de filmes de terror, cujas quais creio que seja precursor. A garota imprudente que vai investigar um barulho macabro e o grupo de pessoas trancada dentro de uma casa lutando contra as tentativas de algo assustador entrar são só alguns exemplos. Vale a pena mencionar também a cena dos corvos no parquinho, com as crianças cantando no fundo. Macabro.

O dvd que eu assisit possuia ainda um documentário de uma hora e meia sobre o filme, com entrevistas com os atores e com a filha do velho Hitch, comentando vários aspectos da filmagem, cenas que foram deletadas e um final que seria angustiante caso fosse produzido

Ferris Bueller's Day Off (Curtindo A Vida Adoidado)

Revi esses dias, filme de 1986, com Matthew Broderick, um dos filmes mais divertidos, mais "sessão da tarde" que eu já vi. Com um tema tão simples como matar aula pela última vez com os amigos, o filme tem frases geniais, um tour por Chicago, um vilão estúpidamente engraçado e Ferris cantando "Twist And Shout" em um desfile. E eu não tinha percebido antes que vários personagens ao longo do filme cantam "Danke Schoen".

Boogie Nights (Boogie Nights - Prazer Sem Limites)

Grande filme de Paul Thomas Anderson (sim, o rapaz de Magnólia), repleto de personagens interessantes. A premissa é a seguinte: fim dos anos 70, um garoto bem dotado (interpretado por Mark Wahlberg, o Marky Mark) acaba virando um ator famoso de filmes pornôs conhecido como Dirk Diggler. É aquela clássica história de ascensão e queda. Ao acompanhar a trajetória de Dirk, somos apresentados a figuras geniais, como o marido traído inumeras vezes em público, interpretado pelo ótimo William H. Macy, a atriz martenal e carente de Julianne Moore, o homossexual enrustido de Phillip Seymour Hoffmant (de novo ele!) ou o ator negro que passa o filme procurando por um estilo próprio. O diretor utiliza vários planos sequencias, com o objetivo de nos tornar mais intimos dos personagens, acompanhando-os nas mais corriqueiras rotinas. É muito interessante também obsevar a transição do visual anos 70 para os anos 80 ao longo do filme e as mudanças que afetam a difamada industria pornografica.

Filmes: Oscar

Fui ver os outros três filmes indicados ao Oscar que faltavam. A academia simplesmente escolheu o tema que achou mais apropriado esse ano. Não se importou nenhum pouco com qualidade ou relevância do filme. Pense bem, qual desses filmes será lembrado daqui a 20 anos?

Crash (Crash – No Limite)

"Me enganaram". Foi o que eu pensei quando sai do cinema. Paul Haggins queria fazer um filme sobre preconceito, mas acabou fazendo um filme sobre muitas situações forçadas que arranham o assunto. Depois da primeira metade, quando você é forçado a assistir a típica "preparação para algo maior", a única diversão é tentar adivinhar quem vai esbarrar em quem. Os personagens não importam, não foi construida uma relação entre eles e o espectador, são muitos e com muito pouco tempo de tela.

Já vi compararem o filme com "Magnólia". Absurdo! Blasfêmia! "Magnólia" é envolvente, comove, tem muitos personagens e tramas, mas não demais. E sapos são bem mais legais do que neve.


Good Night and Good Luck (Boa Noite E Boa Sorte)

Talvez seja o meu lado político falando, mas eu considero o tema mais relevante e atual entre os indicados. A história do jornalista Edward Murrows combatendo a paranóia McCartista com palavras do próprio senador McCarthy é mais atual do que nunca. Troque "comunismo" por "terrorismo" e temos aí o inimigo numero um da "América".

A escolha de George Clooney em utilizar imagens de arquivo do senador MaCarthy é arriscada, mas ele consegue mesclar essas imagens com o resto do filme perfeitamente. O roteiro, contudo, cria um par de tramas paralelas pouco interessantes, mas de alguma forma relacionadas com a ética jornalistica que o filme passa.

Dá vontade de desmascarar pessoas na televisão.


Capote (Capote)

O filme é sobre a pesquisa do escritor americano Truman Capote, um dos poucos homessexuais assumidos da época, em cima do assassinato de uma família no Kansas por dois homens, que resultaria no seu livro de maior sucesso "A Sangue Frio". Eventualmente os assassinos são pegos e condenados a morte, então o escritor se aproxima de um deles, Perry Smith, e ganha a sua confiança, devido a sua infâcia semelhante.

A atuação de Philip Seymour Hoffman é espetacular. Muitos não consideram um mérito tão grande interpretar alguém famoso, que possui uma voz e trejeitos tão peculiares como Capote, em contraste a criar um personagem a partir do papel, mas o seu Capote é fascinante. Arrogante, egocentrico, manipulador e ambicioso. Notamos como o escritor luta em sua tentativa de usar Perry para alcançar as suas ambições e ainda assim continuar seu confidente. Alguns pequenos pecados do filme foram omitir o conhecido relacionamento amoroso entre Truman e Perry e a sutil humanização dos assassinos. Mas quem sou eu pra julgar.

Dr. Tran!

Sem palavras. Me joguei no chão ao assistir isso!

Drum Machine

Esses asiáticos e os seus tambores. Animação curta, porém impressionante!

via StumbleUpon

Filmes - 10/03

Pequena sessão de filmes mudos.


Das Kabinett des Doktor Caligari (O Gabinete do Doutor Caligari):

Uma das mais conhecidas obras do expressionismo alemão, esse filme é de 1920 é tido como o primeiro filme de terror. Também deve ser o primeiro final surpresa da história. Assustador, se visto nas devidas circunstâncias.


Bronenosets Potyomkin (O Encouraçado Potemkin):Obra do russo Sergei Eisenstein, de 1925, sobre uma rebelião iniciada no encouraçado que dá nome ao filme. É claramente propaganda comunista, mas isso não importa. Tem uma das melhores cenas de batalha, tanto a que ocorre no encouraçado, quanto o famoso massacre das escadarias. Grandes efeitos especiais para a época também.


Ambos os filmes estão disponiveis para download de graça no Internet Archive.

Documentário HC

Uma matéria, do IndieWIRE, sobre a aquisição da Sony dos direitos do documentário "American Hardcore", sobre as origens do hardcore americano no início dos anos 80, em reação ao conservadorismo da era Reagan. Cenas raras e entrevistas com lendas como Ian McKaye (Minor Threat) e Henry Rollins (Black Flag). Finalmente um pouco de de informação sobre essa época, depois de "Dogtown and Z-Boys" ter me deixado com vontade de saber o que aconteceu com quem foi influênciado pela tal Zephyr Team.

via "Filmaking For The Poor"

Cinema Aberto

Uma pequena compilação de softwares Open Source (código aberto, livre, use a expressão que lhe convir) para produção de cinema digital. São ferramentas de modelagem 3D, animação, edição de som, edição de video e pós produção para Windows, Linux ou Mac. Não é uma lista tão completa, mas se você nunca ouviu falar nisso, vale a pena. Para algo mais abrangente, dê uma olhada no "Movie Making Manual" do Wikibooks, uma bela lista de ferramentas para Linux.

via Self-Reliant Filmmaking.

Filme: Chinjeolhan geumjassi (Sympathy For Lady Veagence)

O último filme da "trilogia da vingança" de Chan-wook Park. E, com certeza, o menos sangrento, mas não deixa de abordar temas pertubadores e pouco éticos. Aos 19 anos, Lee Geum-Ja vai presa pelo assassinato de um garoto no lugar do seu cúmplice, Sr. Baek, que a traiu. Treze anos depois, ao sair da prisão, seu esquema de vingança já está em andamento.

Enquanto em "Sympathy For Mr. Veagence" tinhamos uma série de vinganças inevitaveis, quase improvisadas, e em "Oldboy" tinhamos uma grande vingança surpreendente arquitetada por trás dos olhos do espectador, nesse vemos o planejamento de uma vingança, suas surpresas e questionamentos. Tem cenas muito belas e um final instigante, mas não chega a ser tão bom quanto "Oldboy".

Chega de filmes coreanos por um tempo. Tá na hora de dar uma passada em Hong Kong.

PS: Acabei de descobrir que existe uma outra versão, intercalando cenas coloridas com preto-e-branco, mantendo alguns objetos destacados coloridos (Sin City Style), como Chan-wook Park queria originalmente. Preciso por as minhas mãos nessa versão, que deve realçar a sutil poesia do filme.

Simpsons de carne e osso

A abertura dos Simpsons interpretada por atores de verdade, muito fiel ao original. Adoro o jeito da Lisa ao sair da sala!

Oscar - The Aftermath

Enganei-me. A Academia premiou "Crash" como melhor filme, decisão que discutirei assim que o assistir. Contudo, acertei nas escolhas para melhor ator e atriz. Cerimônia curta, a orquestra chegou a cortar alguns discursos (mais ou menos como na sketch do Tom Hanks), que foi estragada pela maldita transmissão com tradução simultânea (aquele incoveniente do Rubens Ewald Filho). Talvez por isso Jon Stewart não estava tão engraçado, mas a piada sobre Dick Cheney e Bjork foi preciosa.

Filme: The Pink Panter (A Panter Cor-de-Rosa - 2006)

Desligue o seu cérebro é vá ver. Faz tempo que eu vi os anteriores, com Peter Sellers, mas eu me recordo que eram mais engraçados. É impossível superar Peter Seller como Clouseau mas Steve Martin consegue arrancar algumas boas risadas. Eu esperava mais do Kevin Kline, como Inspetor Dreyfus, e cada vez que a tal da Beyoncé aparecia, eu sentia pena e vergonha.
Não é um grande filme, tem algumas piadas muito repetidas, mas qualquer filme que me faça rir com sotaque francês e humor físico já tá na média.

Oscar

Acabei de descobrir que Jon Stewart será o anfitrião no Academy Awards desse ano. Se ele for tão engraçado quanto ele é no seu Daily Show (cofira aqui) e continuar a atacar a administração Bush, teremos uma bela cerimonia. Só espero achar uma boa transmissão, sem aquela tradução simultânea irritante. Pelo que eu tenho conhecimento, pelas opiniões que captei e pelo que a academia costuma premiar, eu chuto que os vencedores serão esses:

Melhor Filme: Brokeback Mountain

Melhor Ator: Philip Seymour Hoffman (Capote)

Melhor Atriz: Reese Witherspoon (Walk the Line)

O resto é muito incerto pra opinar. Mais uma vez, não consegui ver a maioria dos filmes indicados, vão entrar pra lista para assistir futuramente.

No Sofá

Excesso de filmes de ação na TV: Supremacia Bourne, Missão Impossível 2, O Tigre e o Dragão, X-Men. Mas não tô com humor pra nenhum deles.

Só me resta tentar colocar em dia os meus podcasts.

E não me venha me aconselhar a assistir o Big Brother!

Myspace - The Movie

O hype agora é esse video, feito pelo americano David Lehre, um cineasta amador de 21 anos. É uma paródia sobre os jovens que utilizam esses serviços de relacionamentos, no caso, o MySpace. Muito engraçado, mostrando as babaquices que as pessoas fazem para conseguir mais amigos, mostrando os efeitos de não repassar uma corrente e até um encontro a cegas com uma garota que só tira foto dos seus angulos, nunca mostrando o rosto dela.

O rapaz vai ficar famoso agora, com propostas para trabalhar na MTV e contatos em Hollywood. Vamos ver se vai dar em algo isso.

via Stuck in Sac

Quadrinhos: David Bowie

A coisa mais bizarra que eu vi nas últimas 24 horas: David Bowie combatendo o crime ao lado de Mick Jagger, Ozzy Osboune, Freddie Mercury e... Batman!

via Boing Boing

Filmes - 26/02 à 01/03

No Direction Home (No Direction Home: Bob Dylan): Documentário sobre a vida de Bob Dylan dirigido por Martin Scorcese. Numa tentativa de me educar mais no mundo cinebiografias musicais, como reclamei num post anterior, aluguei o filme de um grande diretor sobre um grande músico. Escreverei mais tarde sobre esse filme, que considerei excelente, fundamental pra quem gosta de música. Aborda o ínicio da carreira de Bob Dylan até cerca de 1966, quando, já famosíssimo, ele começa a fazer se distanciar mais do folk. DVD duplo com boas músicas, boas imagens e uma olhada na mente de Dylan (que frase mas pretensiosa).
Link

La Terra Trema: Episodio Del Mare (A Terra Treme): Clássico do neo-realismo italiano de Luchino Visconti. Não um filme muito popular, mas pra quem quer conhecer cinema mais profundamente. Bela e trágica história sobre pescadores sicilianos, filmada com pescadores sicilianos de verdade, exibindo a dura vida do homem do mar. Me fez vir Jorge Amado na cabeça agora, mas não quero divagar sobre isso.
Link

O Invasor: Dirigido por Beto Brant, com Paulo Miklos (dos Titãs), Alexandre Borges, Malu Mader e Mariana Ximenez (linda de matar). Não é um grande filme brasileiro. Esse visual moderninho não me agrada, nem longas sequencias mostrando a periferia ao som de rap só pra situar o local da ação. A história não é tão ruim, mas tem seus furos e poderia ser melhor trabalhada. Num olhar geral, só recomendo pelas belas mulheres. Pensando bem, se eu fosse tão superficial, queimaria o filme por me mostra a bunda do Paulo Miklos.
Link


*Não vou fazer um post inteiro e detalhado pra cada filme que eu vejo. Não estou sempre com o humor pra isso e acho que basta registrar o que eu vi e as minhas opiniões gerais. E alguns filmes nem tem tanto sobre o que escrever.

Filme: In Good Company (Em Boa Companhia)

Me peguei vendo esse filme ontem, hipnotizado pela beleza de Scarlett Johansson. É uma comediazinha sobre um cinqüentão, interpretado por Denis Quaid, que tem a sua posição na empresa substituida por um garoto com a metade da sua idade, Topher Grace (o magrelo do That '70s Show). Divertida, um pouco ingênua, mas não chega a se tornar enfadonha ou clichê. E eu não podia perder uma oportunidade de colocar uma foto da Johansson aqui!

Branquelos?

Texto interessante (em inglês) falando sobre a caracterização de albinos no cinema. Não lembrava de ter visto tantos albinos em filmes, mas o texto cita vários.

Albert "Bickle" Einsten

Crossover de Albert Einsten com Travis Bickle(Taxi Driver). Se eu tivesse mais habilidade com editores de imagem para Linux eu até arriscaria fazer um moicano.

Clique na imagem e escreva o que você quiser no quadro do nosso físico bigodudo favorito.

Shufflecase

Shufflecase
Originally uploaded by hundrednorth.

Uma caixinha de chicletes com fones de ouvido?
Na verdade é só um case caseiro pro iPod Shuffle. Eu não tenho um, mas achei interessante. Clique na foto pra ver como foi feito.

E aqui mais 50 coisas pra fazer com o seu iPod.

Filme: Walk The Line (Johnny e June)

Fui ver esse tal "Walk The Line" terça-feira, mais um indicado ao Oscar que eu consegui ver antes da premiação. Não estou muito familiarizado com esse gênero de cinebiografia musical, mas todos os elementos tão lá: traumas na infãncia, abuso de drogas, amores destruídos, amores construídos. Infelizmente não cobre todos os aspectos da vida de Johnny Cash, apenas dá foco ao relacionamento dele com June Carter. Uma pena, gostaria de ver algo mais abrangente sobre ele. Mas o filme é cativante, Joaquin Phoenix atuando legal, cantando muito bem, assim como a gracinha daReese Witherspoon. Várias músicas boas, um par de conhecidas ("Ring Of Fire" e"It Ain't Me Babe").

50 Melhores Robôs

Mais uma daquelas listas elegendo os cinqüenta, cem, quinhentos, cinco, dez, sete, catorze, novecentos e quarenta e seis melhores alguma coisa. Essa é até interessante, até nostálgica, incluindo robôs cinematográficos (como o Terminator, o HAL 9000 e o R2-D2), robôs de verdade, capazes de subir escadas, brinquedos (como o Aibo) e até mesmo armas do exército americano. O primeiro lugar é um carro robô que eu nunca ouvi falar, mas quem se importa com primeiros lugares?

via Por Um Punhado de Pixels

Trailer: A Scanner Darkly

Então aqui está o trailer de "A Scanner Darkly", filme baseado no romance de Philip K. Dick, autor que também foi a fonte de "Blade Runner"(o clássico), "Total Recall" (com Schwarzenegger, que foi chamado no Brasil de Vingador do Futuro), "Minority Report"(aquele do Spielberg) e outros filmes de ficção científica.

O visual quase único do filme se deve pelo processo de rotoscópia utilizado, ou seja, uma animação feita por cima de cenas live-action. O mesmo processo utilizado em "Waking Life", que infelizmente eu só pude ver algumas cenas. No elenco, Keanu Reeves (o escolhido), Winona Rider (a shoplifter), Robert Downey Jr (o esquentadinho) e Woody Harrelson (insira aqui o seu adjetivo engraçadinho).

Link direto pro trailer.

Link para página no Wikipedia.

via Boing Boing

CD's

Tinha um texto genial aqui sobre a criação de capas e estojos de CD's feitos de papel e a sua relação com os diferentes sistemas operacionais, o meio ambiente, o PETA, as novidades no campo da robótica e a tradição dos origamis.

Mas eu fiquei crítico demais.

Mas eu decidi simplesmente mandar você checar esse link e utilizá-lo sabiamente. Eu utilizarei.
Faça suas capas e estojos de CD's feitos de papel utilizando origami e pdf's.

via Make: Blog

Estatuas Tiki

Quem precisa de Lava Lamp quando existem essas belezuras por aí?

via Boing Boing

Filme: Boksuneun naui geot (Sympathy For Mr. Vegeance)

Esse é o primeiro filme da chamada "Trilogia da Vingança" do diretor corenano Park Chan-wook. Eu já havia visto "Oldboy", então eu já esperava por violência. Mais do que o título sugere.

O filme segue Ryu, um surdo-mudo de cabelos verdes, que tem como namorada uma radical de esquerda e uma irmã precisando de um transplante de rins. Ryu não serve como doador, então negocia um rim no mercado negro, tendo que pagar $10.000 e dar o seu próprio rim em troca. Ele é obviamente enganado, ficando sem um rim e sem o dinheiro. É então que o médico da sua irmã o informa que apareceu um doador, mas eles precisam dos $10.000 perdidos para pagar pela cirurgia. Sua namorada, então, o convence a sequestrar a filha do seu ex-chefe para conseguir o dinheiro. Quando as coisas começam a dar errado, um sangrento ciclo de vingaça se inicia, envolvendo Ryu e o seu antigo empregador.

O fato do protagonista ser surdo faz com que o espectador se torne mais atento aos sons do filme desde o começo. Dessa forma, a violência do filme, muitas vezes explicita, outras mais sutis, é pontuada por longos planos desconfortáveis, mas que ajudam a levar o filme adiante. A narrativa pode ser um pouco confusa, principalmente se você tiver o azar de ver o filme com legendas péssimas como eu. Caso você tenha encontrado uma boa tradução ou saiba falar coreano, não vejo por que ter problemas.

Um dos maiores méritos de Park Chan-wook é fazer com que nos identifiquemos com os personagens, por piores que sejam as suas ações e suas justificativas, ainda torcemos por eles. Não há um lado para escolher, há apenas vingança. Essa talvez seja uma explicação para o título do filme, apesar que o original quer dizer "A Vingança é Minha". O very ending é um pouco previsível, não chegando a me surpreender como "Oldboy" fez, mas não chega a ser um defeito. "Sympathy For Mr. Vegeance" ainda deixa um espaço para alguns questionamentos morais, como quando certo personagem confessa para outro que sabe que ele é uma boa pessoa, mas que precisa mata-lo de qualquer maneira. Bom filme.


PS: Não posso deixar de mencionar que "Oldboy" tem uma das vinganças mais elaboradas que eu já vi. Vale muito a pena assistir também.

Este é o começo de tudo?

Este é um blog sobre cinema e tecnologia.

"Mais um?",você deve estar se perguntando, caso acompanhe o mundo blogueiro (sic) mundial.

"Grandes merda!", você deve pensando, caso acompanhe o... bom, o orkut.


Introdução engraçadinha, certo. Agora vamos enfiar algum conteúdo pelas beiradas.


Imagino que o primeiro post de um blog deva deixar claro o seu objetivo, o assunto abordado. Expor um pouco do que o autor pretende, assim como dar um pequeno insight na mente do blogueiro em questão. Pelo menos é isso que eu procuro saber quando encontro um blog novo. Sabe como é, decidir se vale a pena acompanhar. Bom, toda essa enrolação deve ter deixado claro, pelo menos, o meu modus operandi, o estilo com que pretendo entregar as informações ao meu leitor. Também imagino que tenho leitores, mas apenas para evitar inconveniências.

O assunto, o assunto... bom, leia novamente a primeira frase, lá em cima. Isso mesmo. Mas eu preciso ser um pouco mais claro, não estou aqui para falar sobre a tecnologia no cinema ou muito menos sobre cinema feito sobre tecnologia. Talvez eu aborde um ou outro tópico que me chame a atenção, mas basicamente o meu interesse é registrar as minhas descobertas no campo cinematografico (filmes vistos, meu aprendizado nessa área, opiniões sobre coisas relacionadas) e no campo tecnológico (artigos interessantes, bugigangas, projetos DIY, expor a relação entre o diabo e a Microsoft).

Sobre a minha vida pessoal, acho melhor não. Não me parece o melhor lugar para isso. Talvez, no momento que vocês estiver lendo isso, eu já tenha colocado algo relevante em algum canto do site sobre mim. Mas não é esse tipo de exposição que eu procuro. Vejo esse espaço como um lugar de registro. E também para treinar um pouco a minha escrita, que não anda tão boa quanto eu gostaria.

E não me falem do nome do blog! Deixa bem claro sobre o que ele é, é facil de falar e o endereço é facil de lembrar! Repita comigo: cinema-nerd-ponto-bloguespóti-ponto-com.


Conclusão inesperada, bom.